Revista Sou Enfermagem ISSN 2525-9326

Incidência de pacientes com Hanseníase atendidos em um centro de saúde no município de Buriti–MA, no período de 2007 a 2013

Incidence of leprosy patients treated at a health center in the municipality of Buriti – MA, from 2007 to 2013

Doi:

Suzana Mendes Cardoso *
Denise Carneiro Machado Cortez**
Universidade CEUMA, Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão. Coordenação Geral de Pós-Graduação

RESUMO

Este estudo objetivou avaliar a incidência de pacientes com hanseníase atendidas em um centro de saúde no município de Buriti – MA no período de 2007 a 2013. Tratou-se de uma pesquisa de campo, documental, exploratória de abordagem quantitativa, onde foi realizada em um centro de saúde no município de Buriti – MA, no mês de outubro de 2014. A amostra foi constituída de 45 pacientes com hanseníase, residentes de Buriti – MA. Os resultados foram: 51,1% são do sexo feminino, 22,2% estão com idade entre 21 a 30 anos, 44,4% são solteiros e 40% possui somente o ensino fundamental; 42,2% possui a forma dimorfa, 55,6% não apresentaram incapacidade, 64,4% são multibacilares e 80% são casos novos; 51,1% tiveram resultado positivo na baciloscopia. Verificou-se que 42,2% estão com menos de 1 ano de tratamento e 73,3% usam o PQT/PB/ 6 doses como tratamento e a maioria dos pacientes (84,4%) terminaram o tratamento. Nesse contexto, estudos realizados em populações distintas, especialmente na atenção básica são de grande importância para a elucidação da cadeia de transmissão da hanseníase e constituem ferramentas para manejo de estratégias de controle desse agravo.

Palavras-chave: Incidência. Hanseníase. Perfil Epidemiológico.

ABSTRACT

This study aimed to evaluate the incidence of leprosy patients treated at a health center in the municipality of Buriti – MA from 2007 to 2013. This was a field research, documental, exploratory quantitative approach, which was held in a health center in the municipality of Buriti – MA, in October 2014. The sample consisted of 45 patients with leprosy, residents of Buriti – MA. The results were: 51.1% were female, 22.2% are aged 21 to 30 years, 44.4% were single and 40% has only elementary school; 42.2% is in the form borderline, 55.6% had no disability, 64.4% were multibacillary and 80% are new cases; 51.1% were positive on smear. It was found that 42.2% are less than 1 year treatment, and 73.3% using MDT / PB / 6 doses as treatment and most patients (84.4%) completed treatment. In this context, studies in distinct populations, especially in primary care are of great importance for the elucidation of leprosy transmission chain and provide tools for management of this disease control strategies.

Keywords: Incidence. Leprosy. Profile. Epidemiological.

*Artigo Científico apresentado ao curso de Pós-Graduação em Estratégia Saúde da Família da Universidade Ceuma, para obtenção de título de Especialista. Orientador (a): Esp. Denise Carneiro Machado Cortez

REFERÊNCIAS

ANGELUCCI, Rodrigo; SAMPAIO, Paulo; PROTO,
Rodrigo; SATO, Lúcia; REHDER, José Ricardo. Análise
das principais manifestações oculares de pacientes
hansenianos nas regiões Norte e Sudeste do Brasil.
Revista brasileira de oftalmologia, Rio de Janeiro, v. 66,
n. 4, p. 236-241, Ago. 2007.
ARAÚJO, M.G. Hanseníase no Brasil: Rev. Soc. Bras.
Med. Trop. v. 36, n.3, p373-383, 2005.
BERNARDES, C.A.; SANTOS, A.F.; PADOVANI, C.T.J.;
HANS FILHO, G.Incapacidade física em hansenianos de
Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Hansen Int.;
n.34, v.1, p: 17-25, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância
epidemiológica. 7 ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2009.
_______. Ministério da Saúde. Sistema nacional de
vigilância em saúde: relatório de situação: Alagoas. 5
ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
CAMPOS, Sandra Solange Leite et al. Epidemiologia da
hanseníase no Município de Sobral, Estado do CearáBrasil, no Período de 1997 a 2003.Hansenol Int, v. 30, p.
167-73, 2005.
DESSUNTI, E.M.; SOUBHIA, Z.; ARANDA, C.M.;
BARRO, M.P.A.A. Hanseníase: o controle dos contatos
no município de Londrina – PR em um período de dez
anos. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 61,
p. 689- 693, 2008.
DIAS, Ramon José de Oliveira; DIAS, Verônica Lívia;
PEDROSO, Enio Roberto Pietra. Estigma e Mal de
Hansen: avaliação de 237 pacientes asilados e
hospitalizados na Casa de Saúde São Francisco de
Assis, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas
Gerais, Bambuí, Brasil, de 1943 até 1998. Revista
Médica de Minas Gerais; v. 18, n. 2, p. 77-81, 2008.
FERREIRA, I. N.; ALVAREZ, R. R. A. Hanseníase em
menores de quinze anos no município de Paracatu, MG
(1994 a 2001). RevBrasEpidemiol. v.8, n.1,p.41-9, 2005.
FIGUEIREDO, I. A.; DA SILVA,A. A. Increase in
leprosydetection rates in São Luís, Maranhão, Brazil,
from 1993 to 1998: istheendemicexpanding? CadSaude
Publica.v.19, n.2, p.439-45, 2003.
FINEZ, M. A.; SALOTTI, S. R. A. Identificação do grau
de incapacidades em pacientes portadores de
hanseníase através da avaliação neurológica
simplificada. Journalof the Health SciencesInstitute, v. 3,
n 29, 2011, p. 171-5, 2011.
GARBINO, J. A. Ensaio clínico e neurofisiológico sobre
a resposta do nervo ulnar, na hanseníase em reação
tipo 1 e 2, sob diferentes regimes de esterdides via oral.
Dissertação (doutorado em ciências) – Secretaria de
Estado de Saúde de São Paulo, São Paulo, 2006.
GONÇALVES, S. D; SAMPAIO, R. F; ANTUNES, C. M.
F. Fatores preditivos de incapacidade em pacientes com
hanseníase. Revista Saúde Pública, Minas Gerais, v.
43, n. 2, p. 267-274, Set. 2009.
GOMES, C.C.D.; GONÇALVES, H.S.; PONTES, M.A.A.;
PENNA, G.O. Perfil clinic-epidemiológicodos pacientes
diagnosticados com hanseníase em um centro de
referência na região nordeste do Brasil. Anais
Brasileiros de Dermatologia, v. 80(supl3), p. 283-288,
2005.
HINRICHSEN, S. L.; PINHEIRO, M. R. S.; JUCA, M. B.;
ROLIM, H.; DANDA, G. J. N.; DANDA, D. M. R.
Aspectos epidemiológicos da hanseníase na cidade de
Recife, PE em 2002. Anais BrasDermatol. v.79, p.413-
421, 2004.
JOFFE, R,A.; OLIVEIRA, M,L,W.; RUEDA, F.C.L.;
DUARTE, M.C.; AMERICANO, H.K.;PICHONE, A.S.
Diagnóstico precoce da hanseníase: identificação de
lesão cutânea inicial pela População de região
metropolitana do Rio de Janeiro. Hansen International,
v. 28, n. 1, p. 65-70, 2006.
JUNQUEIRA, A. V; CAIXETA, L. F. Hanseníase: revisão
para o neurologista. Revista Brasileira de Neurologia.
v. 44, n. 3, p. 27-30, Set. 2008
LANA, Francisco Carlos Félix; AMARAL, Evaldo
Pinheiro; LANZA, Fernanda Moura ;SALDANHA,
Andrigo Neves e Silva Lopes de. Desenvolvimento de
incapacidades físicas decorrentes da hanseníase no
vale do Jequitinhonha, MG. Revista Latino-Americana
de Enfermagem. v. 16, n. 6, Set. 2008.
JUNQUEIRA, A. V; CAIXETA, L. F. Hanseníase: revisão
para o neurologista. Revista Brasileira de Neurologia.
v. 44, n. 3, p. 27-30, Set. 2008.
MARANHÃO. Secretaria de Estado da Saúde. Setor de
epidemiologia, Programa de Eliminação da
Hanseníase. 2010.


Revista Sou Enfermagem, São Luís, v.01 n.01 p:20-27 BAIXAR ARTIGO


Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *