Revista Sou Enfermagem ISSN 2525-9326

CLAMPEAMENTO TARDIO DO CORDÃO UMBILICAL (CTCU): VANTAGENS E DESVANTAGENS NA ASSISTÊNCIA AO NEONTATO

Alícia Cristina Melo de Souza
Erisson Araújo de Freitas 2
Ráyssan Ferreira de Araújo 3

RESUMO

Introdução: A deficiência de ferro nos primeiros meses de vida da criança configura-se um problema relevante de saúde pública, devido as consequências imediatas e tardias que podem ser acarretadas, visto que o clampeamento tardio do cordão umbilical de 1 a 3 minutos é recomendado para todos os nascimentos, enfatizando que o recém-nascido precisa passar por todos os cuidados essenciais. Objetivo: Descrever as vantagens e desvantagens do CTCU. Materiais e Método: A presente pesquisa trata-se de uma revisão de literatura, com abordagem qualitativa. No sistema de busca foi utilizado como procedimento de escolha as palavras-chaves: Clampeamento tardio, cordão umbilical, anemia e ferro, através da base de dados LILACS e MEDLINE, incluindo citações no período de 2007 a 2017. Resultados: O pinçamento de maneira imediata tornou-se uma prática comum mundialmente. Além disso, nutrição materna durante a gestação pode influenciar de forma significativa quanto a reserva de ferro do RN. O clampeamento tardio do cordão umbilical engloba benefícios imediatos aos recém-nascidos pré-termo, a termo e as mães, e benefícios ao longo prazo à pré-termos e a termos. Considerações finais: O maior desafio atualmente é fazer que todo profissional adquira a prática de clampear tardiamente o cordão umbilical para benefícios tanto para mãe quanto para o recém-nascido.

Palavras-chave: Clampeamento tardio; Cordão umbilical; Anemia; Ferro.

ABSTRACT

Introduction: Iron deficiency in the first months of the child’s life constitutes a relevant public health problem, due to the immediate and delayed consequences that may occur, since the delayed cord clamping of the umbilical cord of 1 to 3 minutes is recommended for all births, emphasizing that the newborn needs to go through all the essential care. Objective: Describe the advantages and disadvantages of CTCU. Materials and Methods: The present research is a literature review, with a qualitative approach. In the search system, the following keywords were used as selection procedure: Late blunting, umbilical cord, anemia and iron, through the LILACS and MEDLINE database, including citations from 2007 to 2017. Results: Immediate clamping has become a common practice worldwide. In addition, maternal nutrition during gestation can significantly influence the RN iron reserve. Late cord clamping encompasses immediate benefits to preterm, full-term, and maternal newborns, and long-term preterm and term benefits. Final considerations: The greatest challenge today is to make every practitioner take the practice of clamping the umbilical cord late for benefits for both mother and newborn.

Keywords: Late bloating; The umbilical cord; Anemia; Iron.

REFERÊNCIAS

  1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guidelines on basic newborn resuscitation. Disponível em:<http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/75157/1/9789241503693_eng.pdf>. Acesso em: 27 de outubro de 2017.
  2. LISBOA, Luiza. Placenta: Formação, função e expulsão. Disponível em:<https://www.maemequer.pt/estou-gravida/como-cresce-o-bebe/dentro-do-ventre/placenta/>. Acesso em: 02 de maio de 2018.
  3. OLIVEIRA, Fabiana de Cássia Carvalho et al. Tempo de clampeamento e fatores associados à reserva de ferro de neonatos a termo. Rev Saúde Pública, Viçosa/Minas Gerais, v. 48, n. 1, p. 10-18, 2014.
  4. MONDINI, Lenise et al. Efeito do clampeamento tardio do cordão umbilical nos níveis de hemoglobina em crianças nascidas de mães anêmicas e não anêmicas. Bras Crescimento Desenvolvimento Humano, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 282-290, 2010.
  5. ROSA, M.F, et al. Prevalência de anemia em crianças atendidas em Unidade de Saúde de Rio Branco – AC nos meses de março a junho de 2009. Revista Pediatria, v. 32, n. 3, p. 157-162, 2009.
  6. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
  7. Além da sobrevivência: Práticas integradas de atenção ao parto, benéficas para a nutrição e a saúde de mães e crianças. Brasília; Ministério da Saúde, 2011.
  8. Parecer do Comité n.º 543, de dezembro de 2017, Calendário do Aperto do Cordão Umbilical após o Nascimento. Disponível em:<https://www.acog.org/Practice-Management>. Acesso em: 07 maio 2018.
  9. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diretriz: Aperto do cordão umbilical para melhorar os resultados de saúde e nutrição materno-infantil. Geneva: Organização Mundial da Saúde, 2014. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_v1.pdf>. Acesso em: 07 maio 2018.
  10. MONTGOMERY T. O cordão umbilical. In: MONTGOMERY, T. Fisiologia e aflição fetal: São Paulo: Hoeber, 1960.
  11. EMHAMED, Musbah Omar; VAN RHEENEN, Patrick; BRABIN, Bernard J. The Early Efeitos no bloqueio do cordão atrasado em bebês nascidos a termo de mães Líbias Tropical Doutor, v. 34, n. 4, p. 218-222, 2004.
  12. CALVETTE, Mayra. Corte precoce do cordão umbilical. Disponível em:<https://www.amanascer.com/corte-precoce-do-cordao-umbilical-para-que-a-pressa/>. Acesso em: 07 de maio de 2018.
  13. MERCER, J. S. et al. O clampeamento tardio do cordão umbilical em bebês muito prematuros reduz a incidência de hemorragia intraventricular e sepse tardia: um estudo randomizado controlado. Pediatria, v. 117, p. 1235-1242, 2007.
  14. MCDONALD, S. J.; MIDDLETON, P. Efeitos da temporização do bloqueio do cordão umbilical ao nascimento de bebês a termo nos desfechos da mãe e do bebê. Cochrane Data base Syst Rev, 2, 2008.
  15. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Aperto retardado do cordão umbilical para reduzir a anemia infantil, Brasília, Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v1.pdf>. Acesso em: 07 maio 2018.
  16. MFB, A.; GUINSBURG R. Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria: condutas 2011. Disponível em:<http://www.sbp.com.br/pdfs/PRN-SBP-Reanima%C3%A7%C3%A3oNeonatalFinal-2011-25mar11.pdf>. Acesso em: 23 de junho de 2018.
  17. BALLALAI, Isabella; BRAVO, Flávia. Hepatite B na maternidade. Disponível em:<https://vaccini.com.br/vacinas/7-vacinas/saude-da-crianca/33-hepatite-b-na-maternidade>. Acesso em: 23 de junho de 2018.
  18. Eritroblastose fetal: O que é quais as principais consequências. Disponível em:<https://www.trocandofraldas.com.br/eritroblastose-fetal/>. Acesso em: 23 de junho de 2018.

[pdf-embedder url=”https://revista.souenfermagem.com.br/wp-content/uploads/2019/07/Revista-Sou-Enfermagem-São-Luís-022-98-107-abril-junho-2018.pdf” title=”Revista-Sou-Enfermagem-São-Luís-02(2)-98-107-abril-junho-2018″]